Uma situação impossível de se imaginar nos campos de futebol
de hoje.
Fui fotógrafo da revista Placar nos anos 80 e nessa época jornalistas
tinham acesso direto e pessoal a todos os jogadores, dos grandes ídolos aos
pernas-de-pau, para marcar entrevistas, fotos, projetos de reportagens e
eventualmente farras ou peladas entre amigos sem a presença, intermediação e enchimento de saco de assessores e
marqueteiros de plantão. Era comum após um treino ter a companhia em nossos
próprios carros para uma reportagem de Sócrates, Junior, Reinaldo, Falcão,
Bebeto ou qualquer outro que fosse notícia. Certa vez eu estava fazendo uma matéria especial sobre o Zico e pedi ao juiz para me esperar fazer uma foto no momento em que o time do Flamengo se preparava par dar o ponta-pé inicial de um Fla x Flu com o Maracanã lotado. Pois, não apenas esperou, como ainda me perguntou quando ele seria o personagem da matéria. Essa foto é uma sobra. Infelizmente a melhor ficou no arquivo da editora Abril. Hoje nenhum juiz esperaria por um inconveniente fotógrafo como eu no meio do campo para começar o jogo.
Bons e loucos tempos.
Bons tempos onde o bom senso e a cordialidade ainda imperava.
ResponderExcluirE o bom futebol também.
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